Em meio a tantas bandas que nasceram (e na maioria das vezes, morreram também) nos anos 80, de visual glam e com nomes esdrúxulos, ou não, hoje resolvi falar sobre o Vixen.
O Vixen é uma banda feminina de Hard Rock, formada no início da década de 80, quebrando o velho tabu de que mulheres não poderiam produzir música de qualidade, nesse estilo.
O embrião do Vixen já estava sendo formado por Jan Kuehnemund um pouco antes, mas o estouro se deu mesmo após 1980. A formação da banda contava com, além de Jan, Janet Gardner nos vocais, Pia Maiocco no contrabaixo, Tamara Ivanova na outra guitarra e Laurie Hedlund na bateria. Essa formação não durou muito tempo pois, em 1986 , Laurie sai dando lugar a Roxy Petrucci (vinda da banda Madam-X da qual já tinham feito parte a vocalista Janet e o “Ex, porém eterno, Skid Row” Sebastian Bach). No ano seguinte, 1987, Pia sai da banda para se casar com o guitarrista Steve Vai e Share Pedersen assume o contrabaixo.
Com a formação estabelecida e a simpática canção “Give it Away”, ganharam a atenção da EMI e conseguiram um contrato, mesmo a idéia sendo vista com maus olhos, devido a alguns ”insucessos” anteriores, como as Runaways (sim, as mesmas do filme!).
Mas em 1988, chegou ao público “Vixen”, álbum de estréia, do qual saíram as famosas “Cryin’” e “Edge of a Broken heart”. Foram mais de 1 Milhão de cópias vendidas pelo mundo, principalmente na Europa e no Japão e dez meses diretos de turnê, onde puderam abrir para bandas do porte de Bon Jovi e Scorpions (só para citar dois bons exemplos), e tiveram seus clipes por diversas vezes nos “Top Tens” da MTV americana (na época em que AINDA se podia ouvir música boa no canal).
O Segundo álbum, "Rev It Up” foi lançado em 1990, e apesar de sua superioridade na qualidade musical apresentada em músicas como “Love is a Killer” que emplacou e hoje é um clássico, não obteve o mesmo sucesso do primeiro. Essa nova década seria a ruína para diversas bandas de Hard Rock, e com as meninas do Vixen não foi diferente. Após uma turnê mais curta, nos EUA e Europa (mas onde abriram para o Kiss e Ratt), a banda se dissolveu.
As ex-integrantes se focaram em diversos projetos individuais e Roxy Petrucci chegou a retomar o falecido Madam-X em 1993. Mas fora essas “pequenas” tentativas, os anos 90 foram de silêncio para o Vixen.
Quatro anos depois de Roxy tentar , sem sucesso, o retorno do Madam-X., o Vixen retoma suas atividades. Junto com Janet, Entraram para a banda Gina Stille, na guitarra e Mike Pisculli (que foi contratado apenas para as gravações do contrabaixo em estúdio). No ano seguinte sai “Tangerine”, inexplicavelmente atualizado com a tendência que era trilhada na época. Na turnê, Maxxine Petrucci assume o baixo.
Em 1999 foi lançado “Full Throttle” , pela EMI, coletânea com os maiores hits da banda.
Em mais uma [frustrada] tentativa de fazer reacender a chama do Vixen, as “não tão mais meninas assim”, se reúnem para uma turnê, na qual relembrariam os “velhos tempos”. Foi "Buxixo" na certa: em pouco tempo elas se desmancharam como a purpurina das maquiagens que usavam. Mas Jan Kuehnemund, que não era boba nem nada, imediatamente montou um “time reserva” (que contou com Jenna Sanz-Agero substituindo Janet, Kat Kraft no lugar de Roxy e Lynn Louise no baixo) para a banda e a turnê foi terminada.
O entrosamento das “New Vixens” foi bom, e em 2006 lançaram um disco com regravações dos maiores sucessos dois dois primeiros discos e mais a faixa inédita: “Little Voices”, que foi intitulado Extended Versions. Ainda em 2006, independentemente lançaram “Live and Learn”.
Obvio, não só para mim como para qualquer outra pessoa que também goste de Vixen, que Jenna não tinha a "alma" de Janet, que tinha um sentimento diferente ao cantar, mas já que a regra era tentar de todas as formas possíveis, dei um voto de esperança, mesmo torcendo o nariz para o novo álbum. Não é ruim, mas é nada, perto do primeiro disco.
Em 2005, a VH1, como sempre chutando alguns “cachorros mortos” em seus reality shows, reúne as integrantes originais do Vixen para aquela “lavada” básica na roupa-suja, no programa chamado Bands Reunited.
O Vixen quebrou tabus, lançou ótimos discos, emplacou hits, nasceu no glam, e mesmo com enormes tentativas de reconstrução, desintegrou-se como purpurina.
Vou deixar vocês com um link de um santo que postou um show inteiro de 1989 delas.
http://www.youtube.com/watch?v=MqNq4LXNtL4&feature=related
Beijos e Boa Semana!